domingo, 27 de março de 2016

Relatório de Campanha | A Saga do Marco Oriental - O Cenário: O Culto a Mitras e os Templários

       Antes do Império de Carven assumir o controle das terras selvagens que mais tarde seriam o Reino do Marco Oriental, houve uma era terrível em que forças primordiais caminhavam sobre a terra. Esses foram os anos da Grande Guerra do Caos.
       Dentre os bárbaros do norte havia um de grande valor e fúria. Krinheld era seu nome. Possuidor de uma sede de poder, Krinheld foi abordado em um determinado momento de sua vida pelas forças primordiais do Caos, e tentado a se tornar seu Grande Campeão.
       Para isso, ele teve que reunir as grandes relíquias do Caos, e ao faze-lo, tornou-se uma das maiores ameaças que já caminharam sobre a terra. De posse desse poder, Krinheld criou diversas pontes entre esse mundo e o Mundo do Caos, e trouxe diversos de seus agentes para esse mundo. Os piores e mais poderosos deles, eram os Príncipes do Caos, os Senhores da Guerra. Essas criaturas equiparavam-se a Krinheld em poder, e hierarquicamente, eram seus iguais.
      Cada Senhor da Guerra e o próprio Krinheld lideravam um exército misto de criaturas distorcidas e humanos cultistas do Caos, e com esses exércitos, assolaram a terra.
       Isso durou até que um homem, Mitras, foi abordado pelas forças da Ordem da mesma forma que Krinheld, e se tornou o grande Campeão da Ordem. Portando seu grande Martelo de Guerra, Mitras equilibrou a guerra, e ao seu lado se ergueram os Reis Sábios, para se equipararem aos Senhores da Guerra.
       Porém, as forças do Caos eram perversas, e uma semente estava sendo plantada nos corações dos Reis Sábios. Sedentos por magia e poder, eles acabaram entrando em contato com um Príncipe do Caos que não era um Senhor da Guerra. Ele corrompeu lentamente o coração de Thule, o mais próximo de Mitras, e permaneceu ao seu lado em segredo até o final da guerra.
       Thule se tornava cada vez mais poderoso e desconfiado, e uma noite, ouvindo as palavras do Caos em seus ouvidos, acusou Mitras de traição, o prendeu e o matou em seu acampamento. Apesar de todos adorarem Mitras, ninguém ousava desafiar o Rei que teve poder para quebrar o Escolhido de Ordem. Apenas Kalexandra, a filha guerreira adotiva de Mitras, teve força para tal. Quando toda a agitação da execução havia passado, Kalexandra invadiu a tenda de Thule e com o martelo de Mitras esmagou sua cabeça. Os soldados do Rei chegaram tarde para impedir a morte de seu monarca, mas não para punir a culpada.
      Kalexandra foi queimada naquela mesma noite, e Mitras e Thule sepultados em lugares separados e secretos. Desde aquele dia, os Reis Sábios passaram a ser chamados de Os Reis Feiticeiros.


OS TEMPLÁRIOS DE MITRAS

      Mitras é considerado um Escolhido guerreiro, e suas palavras foram espalhadas no final do Império de Carven. Foi apenas mil anos após sua morte que sua história se tornou conhecida e seus passos seguidos. A Igreja de Mitras se tornou a oficial de Carven nos últimos anos do Império, e permaneceu assim mesmo após sua queda, pelo menos no Marco Oriental. Uma Ordem de Cavaleiros sacerdotes surgiu, para seguir os passos dos primeiros cavaleiros que lutaram ao lado do Escolhido. Os Cavaleiros do Templo, ou Templários, se tornaram o braço armado da Igreja e hoje cuidam de diversos aspectos da vida civil, e são divididos em Três "sub ordens":

OS CAVALEIROS DO SEPULCRO

   Eles seguem os passos do cavaleiro responsável por levar o corpo de Mitras até seu sepultamento, e por guardar o segredo de sua localização, pois muitas das relíquias de Ordem foram sepultadas com ele. Na vida civil atual, eles são os responsáveis pela execução das penas aos criminosos, velórios, sepultamentos e extrema unções.
   Todos temem os Cavaleiros do Sepulcro, acreditam que a simples visão de um deles é um mau presságio, pois eles são amigos da morte, amigos próximos demais.

OS CAVALEIROS DO CÁLICE

   Reza a lenda que uma das relíquias de Ordem era um cálice sagrado que transformava qualquer líquido em um bálsamo revigorante que em algumas histórias até mesmo trouxe os mortos de volta a vida. Quando Thule sentenciou Mitras a morte, ordenou que seus mais leais generais liderassem uma busca pelo cálice. Entretanto, os seguidores leais de Mitras o esconderam, e nunca mais foram vistos. Os Cavaleiros do Cálice são os responsáveis por esse segredo, além de guardarem os ritos relacionados a vida e suas fases, como batismos, celebrações de casamento. São sempre bem vistos e bem vindos.

OS CAVALEIROS HOSPITALÁRIOS

   Os Hospitalários são firmes nos hábitos de Mitras de sempre levar o conforto e a paz para os combatentes. São os responsáveis pelo abastecimento das linhas de combate, assim como cuidar dos feridos e enfermos.

ORDENS HERÉTICAS

Além dessas três ordens, ligadas a Igreja de Mitras, ainda existem outras ordens que, apesar de não serem hierarquicamente relacionadas a Igreja, pregam o culto a Mitras e seus ensinamentos.

AS KALEXANDRINAS

Kalexandra era apenas uma criança quando sua família foi massacrada na Guerra do Caos. Mitras a achou e a tomou para si como uma filha, e a ensinou todos os caminhos da guerra, até o ponto em que ela se tornou tão formidável quanto ele. (A crença das Kalexandrinas é a de que ela estava sendo preparada para ser sua sucessora) Porém, com a morte de Mitras nas mãos de Thule, ela enlouqueceu e o assassinou, sendo então capturada e julgada pelos generais de Thule e os outros Reis Sábios, que agora haviam se tornado os Reis Feiticeiros.
Séculos mais tarde, as víuvas de Enverdorf foram guiadas pela floresta por uma aparição de Kalexandra, que as levou até uma fortaleza abandonada e as ensinou as artes da guerra, para depois, guia-las em sua vingança.
Quando o Imperador chegou a Aenverdorf, teve as chaves da cidade entregues pela mão de Belávora, a líder delas. Em agradecimento, Beldar lhes cedeu a fortaleza e garantiu a elas o título de Guardiãs Eternas de Aenverdorf, As Kalexandrinas. A Igreja de Mitras protestou contra tal atitude, alegando que a visão não passava de um delírio coletivo e que elas todas eram hereges. Porém, o Imperador mantém a proteção sobre elas, o que impede a Inquisição de fazer seus trabalho . . .

      

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